sexta-feira, 3 de abril de 2009

ultimos dias de março

...passara o dia pensando nele, em sua forma “desagradável” de ser, na sua maneira como encarava a vida, parecia que ele levava tudo de forma tão banal...queria poder lhe telefonar, lhe ouvir, e ela o ouvia de forma atenta, até mesmo quando ele silenciava, e mesmo quando seus lamentos lhe doíam a alma, quando ele lhe dizia para não sentir falta daquilo que é ruim, mesmo assim ela queria ouvi-lo um pouco mais, apesar dele não entender que pra ela, ele fora o que lhe havia acontecido de melhor nos últimos tempos, mesmo de formas tão distintas eles eram tão iguais. Pediu para que ela se afastasse enquanto fosse tempo, ele dizia usar as pessoas, ser incapaz para o amor, que seu coração jamais conhecera o doce sabor de amar...mesmo sem entende-lo e com o coração cheio de duvidas ela decidiu que assim fosse...ele presume não ser mais nada pra ela, logo pra ela que passara os últimos dias do mês de março, tentando fazer com que ele sentisse que ela lhe despertara para o amor...quanta pretensão a dele em achar que poderia dizer-lhe somente “esqueça-me” e ela esqueceria de tudo o que ouvira até ali, nos últimos dias de março...ela vestira sua mascara do orgulho, tinha medo de se magoar, como tantas vezes fora magoada, ela queria que seu orgulho lhe impedisse de chorar como uma menina, pois pensava não ter mais idade para amores adolescentes, ela evitara chorar quando nos últimos dias de março descobrirá que seu desagradável cavalheiro havia se refastelado em um outro corpo, e depois disso, depois de suas confidencias, depois de seus pedidos ela não se sentiu mais no direito de lhe pedir que deixasse que ela se tornasse o melhor dos acontecimentos nos últimos dias de março...


Lucy

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